segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Pare o Tráfico Humano - Dia 1

Hoje a tarde demos início ao seminário "Pare o Tráfico Humano" e Tijs foi uma das pessoas que deram uma palavra para a parte introdutória ao assunto. O Tema foi: "Tráfico Humano, Prostituição e Desenvolvimento Comunitário". Gostaria de compartilhar aqui algumas estatísticas que ele usou para que vocês, meus leitores, tenham uma idéia do que está acontecendo no nosso próprio país. Tráfico humano não é algo que está fora da nossa realidade, mas acontece bem debaixo do nosso nariz!
Leia logo abaixo as estatísticas que ele usou:


            Há 241 Rotas de Tráfico Interno e Internacional de crianças e adolescentes e mulheres para fim de exploração sexual.

            O tráfico para fins sexuais é predominantemente de mulheres e adolescentes entre 15 e 25 anos
            A maior parte das vítimas brasileiras são de classes socioeconômicas desfavorecidas.
            A maioria das vítimas são de famílias grandes, de cor parda.
            No Brasil há um ponto de prostituição infantil a cada 26 km, onde crianças e adolescentes vendem seus corpos por até R$ 2,00
            No Brasil, de acordo com o governo, há mais de 50 mil meninas de 6(!!!)-16 anos na prostituição. Essa cifra já colocaria o Brasil em segundo lugar no ranking mundial da prostituição infantil, atrás apenas da Tailândia. Mas, segundo a ONU, há entre 100 e 500 mil crianças sendo exploradas sexualmente no Brasil. O que colocaria o Brasil em primeiro no ranking de exploração sexual de menores.
            Mas essas pesquisas consideram apenas o Brasil. Internacionalmente se diz que uma em cada seis vítimas do tráfico humano é brasileira, mulher, e tem entre 15 e 25 anos, de acordo com a Organização Internacional para Migrações (OIM) da ONU. Imagino que, se considerarmos também as vítimas abaixo dos 15 anos e acima dos 25, a percentagem seria bem maior.
            Outras pesquisas mostram que, em média, o “serviço completo” (não me pergunte o que seria isso, não sei e provavelmente não quero saber) com uma criança ou adolescente no Brasil custa entre 5 e 10 reais. Entretanto há lugares conhecidos com os “1,99”.
            Existem 290 áreas críticas apenas em Minas, e oito rodovias federais, incluindo as de maior tráfego - como a BR-040 e a BR-381, que ligam Belo Horizonte ao Rio de Janeiro e a São Paulo, respectivamente -, estão no mapa da prostituição.

Dez milhões de crianças exploradas em trabalho doméstico – Esse é o titulo de um estudo de 2004 da ONU sobre a exploração de crianças, e nem precisa de explicação. As pesquisas da ONU encontraram 700.000 crianças forçadas em trabalho doméstico apenas na Indonésia, com números assustadores também no Brasil (559.000), Paquistão (264.000), Haiti (250.000), e Quênia (200.000). As pesquisas da ONU mostram que essas crianças permanecem escravizadas por longos períodos de tempo porque ninguém as identifica como tais.

Propaganda do jogo França e Brasil

            A própria mulher brasileira, em certo sentido, é tratada como “produto” de exportação. Prova disso são as freqüentes entrevistas com personalidades internacionais que visitam o país, nas quais lhes é sempre perguntado “se gostaram da mulher brasileira”. No exterior inclusive, as campanhas publicitárias de incentivo ao turismo ao Brasil freqüentemente recorrem à “beleza da mulher brasileira”, em implícito estimulo ao turismo sexual

Placa em um restaurante na Polônia

      

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