terça-feira, 30 de novembro de 2010

uma atualizada sobre nossa vida

Desde que chegamos da Holanda nosso dia a dia tem sido intenso. Com o fechamento do ano temos muitas reuniões para decidir como a base ficará nesse período de férias em que muitas pessoas viajarão para visitar a família, avaliações, discussões sobre o ano que vem e etc . Cada dia é uma nova reunião!!
Também estamos com todo o gás organizando a escola de desenvolvimento comunitário do ano que vem. São tantos detalhes que espero não esquecer de nenhum até o primeiro dia da escola!! Já temos 2 alunas e muitas pessoas interessadas. Oramos para que formulários comecem a chegar.

A novidade é que eu (Kelly) comecei a estudar fotografia. Já há muito tempo que eu gosto de fotografar e pensei que tinha chegado a hora de estudar mais sobre isso. O curso vai até maio e já estou ansiosa pelas muitas coisas que eu vou aprender. A escola fica um pouco longe de casa. Preciso andar uns 10 minutos até o ponto de ônibus, depois uns 40 minutos no ônibus e  por fim mais uns 10 minutos até chegar na escola. Um sacrifío válido. Também estamos segurando as pontas financeiramente economizando até os fios de cabelo, pois a mensalidade do curso é de R$ 600 reais e mais R$ 60 de transporte. Para nós isso é muito dinheiro (acho que para todo mundo na verdade...) além do material que eu tive e tenho que comprar para o curso. Por favor, nos ajude em oração para que Deus supra todas as nossas necessidades e me de ânimo e sabedoria para completar esse curso. Caso você estja se perguntando para que eu estou fazendo esse curso, aí vai a resposta:
Na verdade eu não quero ganhar dinheiro fotografando, mas um dia quero trabalhar com a fotografia aqui na comunidade. Ainda não sei bem como, mas quero mostrar a favela ao mundo, quero trazer justiça e voz para as comunidades carentes, quero ensinar arte para os jovens e adolescentes daqui da comunidade. Meu propósito com a fotografia é de que seja uma ferramenta nesse meu chamado em comunidades carentes. Todas as fotos desse blog são "de minha autoria".
Nesse fim de semana temos vários compromissos. Um deles é a reunião mensal com os pastores da comunidade. Coisa que AMO fazer!! É sempre inspirador ouvir os pastores contando sobre suas experiências com suas igrejas e comunidade. Já estou ansiosa pelo período de louvor que temos juntos, que é sempre tão bom. E no domingo temos um almoço com a rede evangélica do terceiro setor, onde daremos início à nossa participação nessa rede.
Mas o que é a rede?
A rede evangélica do terceiro setor é uma união entre igrejas e organizações cristãs evangélicas onde é discutido assuntos para melhoria dos trabalhos sociais, seminários, interação entre as organizações... enfim, nos ajuda a melhorarmos o que estamos fazendo através da comunhão e aprendizado uns com os outros. Estamos muito empolgados por fazer parte disso!
Ainda não sabemos o que vamos fazer no final do ano, durante as festas. Se tudo der certo iremos para o paraná por alguns dias. Gostaia muito de poder ir, pois minha irmã vai ter uma linda menininha e estou ansiosa para conhecer a nova membra da família!
Bem, acho que no momento é isso. Contamos sempre com a oração de todos. Se quiser saber motivos de oração mais específicos, entre na página "Ore comosco".

Foto da equipe

Ontem nos reunimos perto da hora do almoço para tirar uma foto para colocar em cartas de agradecimento ao pessoal que tem abençoado a Luzeiro. É claro que tiramos uma foto séria também, ma essa aí em baixo foi a que eu mais gostei.
Aqui na comunidade, quando você aponta a câmera para os meninos eles logo fazem a "pose de bad boy" e na hora que eu fui fazer a foto pedi para todo mundo fazer a tal pose.
Então, com muito orgulho para todos vocês:
A equipe Luzeiro a la bad boy!!!
(Algumas pessoas são novas e não estão no último post da equipe Luzeiro, mas ano que vem quando todos chegarem eu os apresento a vocês!!)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Equipe Luzeiro

Algumas pessoas falaram que seria interessante mostrar aqui a equipe na qual trabalhamos. Eu achei que era uma grande idéia e aqui está: A Equipe Luzeiro!!
 Essas são pessoas que eu amo muito e cada dia aprendo a respeitar mais ainda. São pessoas que deixaram tudo para trás por amor de Jesus e do seu Reino e trabalham duro aqui na comunidade para mostrar à essas pessoas o quanto ela têm valor.
É com grande alegria que apresento a minha família de perto!

Felipe e Laura Matias. Ela americana, ele brasileiro. Casados há mais de 1 ano, são líderes do ministério Centro Comunitário Luzeiro. Há pouco tempo eles tiveram Sophia, uma linda menina que traz muita alegria para a casa. Eles têm uma grande paixão por crianças e têm sido uma referência para as crianças aqui da comunidade.








Cida, do Mato Grosso DO SUL, como ela gosta de lembrar. Ela trabalha discipulando famílias aqui na comunidade, com o projeto Girassol, além de ter um grupo de meninos adolescentes na parte da manhã. Apesar de ser pequenininha é uma mulher forte e muito corajosa! Anda pelas ruas da favela destemidamente. A cida é bem conhecida pela sua dedicação e amor em sevir.


Joyce e Aldenito.Ele bahiano, ela holandesa. Eles formam um dos casais mais legais e diferente que eu já vi. Aldenito trabalha com uma escola da comunidade, que vem algumas vezes por semana aqui na Luzeiro por conta de um projeto do governo chamado "escola integrada", onde os alunos passam o dia todo na escola. Joyce trabalha juntamente com a Cida no projeto Girassol discipulando famílias na comunidade. Agora eles se preparam para a aventura de serem pais. Seu bebezinho está a caminho e estamos ansiosos por mais um lindo bebê alegrando a casa!



Maarten e Michele. Ele holandês, ela mineira. Michele trabalha com a ETED ( escola de treinamento e discipulado). Maarten trabalha com o projeto "escola integrada"e também no projeto "vai e volta" em que ele e David andam pela comunidade servindo às pessoas como elas precisam. Eles sempre tem histórias impressionantes para contar. Maarten têm auxiliado inúmeras pessoas na comunidade, pois uma de suas características mais marcantes é que ele é muito servo e sempre está disposto a ajudar os outros seja dando palavras de encorajamento, levando no dentista e etc.





Vanessa. Paulista e corintiana apaixonada!! Trabalha com o projeto "escola integrada" e abençoa a casa Luzeiro cuidando das finaças e administração. No momento está cursando a faculdade de serviço social. Tem grande paixão pelo que faz e estuda.
 Faz um bolo de aniversário maravilhoso!!
É muito alegre e mesmo que ela mora aqui em BH por pouco tempo, se você quer encontar qualquer lugar aqui na cidade, ela é a pessoa certa a quem perguntar. Ela descobre qualquer lugar!!




Marcelo e Melina. Ambos brasileiros, ambos mineiros,ambos filhos de missionários. Irão juntar as escovas de dentes no dia 19 de dezembro. Ele tem grupos de futebol para meninos e têm sido uma verdadeira referência para esses adolescentes da comunidade. Os meninos o respeitam muito e gostam muito dele. No momento está cursando a faculdade de educação física. Melina tem dois grupos, um de meninos pequenos e outro de meninos e meninas pequenos também. É a tia Melina dos pequenos! Muito dedicada e alegre, juntamente com a Vanessa, faz um bolo de aniversário maravilhoso!!




Andreia parceira! Carioca da gema! Trabalha com grupos de futebol para meninas e com o projeto "escola integrada". Ama esportes, mas cada dia vem trabalhar com uma camisa de time diferente. Até hoje não sei para que time ela torce!!
Com sua alegria ela contagia o ambiente. Tem uma história incrível de força e superação!! Admiro muito ela.
Tenho certeza que quando ela ler isso vai falar: Pô, manero aí! poxxxt mara parcera!!

Te amo Deca!






Henri e Joquebede. Ele holandês, ela brasileira do Mato grosso. ELe trabalha com um grupo de meninos adolescentes juntamente com a Cida. Também trabalha na comunicação da base de JOCUM BH e da casa Luzeiro, além de trabalhar no projeto "vai e volta"com David e Maarten. Joquebede trabalha com o projeto "escola integrada"e tem um projeto de uma biblioteca para a comunidade, especialmente para crinaças e adolescentes. Atualmente cursa a faculdade de pedagogia e tem uma grande paixão pela educação e um grande desejo de fazer algo para melhorar a situação da educação no nosso país.





David e Beckie. Ambos ingleses. Ela trabalha com um grupo de meninos e meninas pequenos, juntamente com a Melina e também na organização da cozinha, cardápio, compras... David, grande homem de Deus. Sempre tem uma palavra de Deus para nós. Ele trabalha no projeto "vai e volta" ajudando muitas pessoas na comunidade. Também, apartir de janeiro assumirá o cargo de co-líder da casa Luzeiro, ajudando Felipe e Laura nessa função. Além disso, trabalha com os pastores da conunidade, oferecendo um café da manhã para ele no primeiro sábado de cada mês. Nesse café da manhã, os pastores se reunem para conversar sobre a comunidade e orar juntos. É uma experiência maravilhosa!





Josiah e Gideon. Ambos ingleses, filhos de David e Beckie. Josiah ajuda com o grupo de meninos pequenos, da Melina e Felipe. As crianças gostam muito dele. Gideon explora a casa Luzeiro todos os dias, tendo muitas aventuras. Quando eles chegaram aqui você podia facilmente ver o Gideon no topo de uma árvore a metros do chão. Ele gosta muito de consertar as coisas e ajudar os outros.




Humble dog (humble = humilde) também chamado pelos brasileiros de rambo. Esse é o cachorro da casa. Foi encontrado pelo Gideon, na rua da frente da Luzeiro e adotado pela família Ward (David, Beckie, Josiah e Gideon). Ainda possue sinais dos traumas adquiridos na rua, mas recebe muito amor aqui na Luziero. Faz a alegria da Sophia, mas estranhamente parece ter um certo tipo de pavor de bebês.





Bem, agora que você já conhece a família Luzeiro, lembre dessas pessoas em suas orações. Mobilize sua igreja e ore por esses missionários que tem dado o seu melhor para ver o Reino de Deus ser estabelecido nessa comunidade. No ano que vem receberemos novos missionários, aí eu te atualizo.
Abraços e até a próxima!!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O Pai mais forte do mundo!




A primeira vez que assisti esse vídeo foi há mais ou menos 4 anos atrás. Desde então penso que já assisti esse vídeo um milhão de vezes! E um milhão de vezes eu me emocionei. Deixa eu te contar a história para te atualizar.
O nome desse pai é Dick, e quando seu terceiro filho Rick, nasceu houve um problema no parto. O cordão umbilical estava em volta do pescoço do seu pequeno bebê cortando o oxigênio e causando um dano irreparável ao seu cérebro. Os médicos disseram: "coloquem esse menino numa instituição, pois ele não fará mais do que vegetar". Seus pais choraram um pouco, mas decidiram levá-lo para casa e criá-lo como qualquer outra criança. Com o passar dos anos eles perceberam que Rick compreendia o que eles falavam e compraram um computador em que Rick poderia escrever apenas com o movimento da sua cabeça. Assim Rick começou a se comunicar com sua família.
Um dia um menino da sala do Rick sofreu um acidente e ficou paralítico e a escola organizou uma maratona para arrecadar dinheiro para o tratamento do menino. Rick disse ao seu pai que queria participar da maratona, pois quera dar o exemplo à esse menino que acabara de ficar paralítico, de que a vida continua. Então eles foram participar dessa maratona e desde esse dia não pararam de participar de competições. Rick disse ao seu pai:'‘Pai, durante a corrida, eu sinto como se minha deficiência desaparecesse’. Ele se chamou de ‘pássaro livre’, porque então estava livre para correr e competir com todo mundo”.

 Rick estudou e se formou na faculdade em educação especial.
Essa história me fez pensar que sou exatamente igual ao Rick. E meu pai? Meu Pai é o mais forte do mundo!!! Ele me carrega através da maratona da vida até eu chegar à linha de chegada. Ele me ama como sou, mesmo sabendo que estou longe da perfeição. Mesmo sabendo que tem que me carregar no colo sempre. Mesmo que eu tenho um jeito diferente de falar com Ele. Mesmo com toda a minha inbilidade. Ele me carrega no colo e corre! E nessa hora eu posso ser livre da minha "deficiência".
Para mim esse é um dos exemplos mais claros de como Deus é e como eu sou. Tudo vem Dele. Meu Pai que me carrega nos braços. Com Ele eu posso me sentir segura e posso confiar de que a vontade Dele é a melhor, de que Ele sabe o que faz e para onde vai.
Hoje de manhão eu estava lendo Marcos 4, onde Jesus depois de acalmar a tempestade Ele diz para seus discípulos:"Por que estão com tanto medo? Ainda não tem fé?" vs40
Os discípulos já tinham visto tantas coisas acontecerem e ainda não tinham entendido que se o Pai estava com eles, não precisariam sentir medo ou ficarem apavorados com uma tempestade. Ainda não tinham aprendido a confiar no Pai. Enquanto eles gritavam: "vamos morrer!!"Jesus repousava sobre um travesseiro e dormia pois Ele conhecia o Seu Pai.
Precisamos entender que estamos seguros, correndo até a linha de chegada, nos braços do Pai mais forte do mundo!!!

sábado, 20 de novembro de 2010

Lar doce lar

Estamos de volta ao Brasil!! Devo confessar que é uma sensação maravilhoso estar em casa!! Nosso tempo na Holanda foi muito bom. Fomos muito abençoados de várias formas por muitas pessoas. Recebemos tanto carinho que quase ficamos mal acostumados (eu disse quase!).
Nossa viagem de volta foi uma aventura! Nós saímos de Amsterdam ao meio dia de quarta feira com destino a Lisboa, em Portugal. O voo foi tranquilo, mas estávamos preocupados, pois só teríamos 1 hora para trocar de avião e pegar nosso voo até Belo Horizonte. Quando estávamos aterrisando percebi algo estranho e comentei com o Tijs: Esse avião está um pouco rápido para pousar. Mal eu terminei de falar o avião começou a decolar de novo e subir com toda força. Dava para perceber o bico empinado do avião. Nessa hora eu já estava chamando Jesus, pois achei que seria a hora em que me despediria do mundo. O engraçado é que eu pensei: Ai Jesus, eu vou morrer sem ver o sol de novo!!!! Cada coisa que passa pela sua cabeça...
Logo depois de estarmos nas alturas de novo o piloto disse que não havia nada de errado com o avião, mas que tinha outro avião ocupando a pista onde deveríamos pousar. Ele teve que fazer todas as manobras de novo para pousar e só aí perdemos uns 15 minutos do nosso escasso tempo para trocar de avião.
Quando o avião pousou descobrimos que não desembarcaríamos no aeroporto, mas numa pista bem longe e teríamos que pegar um ônibus para ir ao aeroporto. Mais atrasos. Quando chegamos ao aeroporto pedíamos licença em inglês e português e passávamos correndo entre as pessoas. Cada um carregando uma mochila super pesada, um violão e um laptop, o que não facilita a corrida. Nesse momento tínhamos apenas 30 minutos para alcançar nosso avião. O embarque já tinha começado a meia hora atrás. Chegamos na alfandega, pedindo para furar fila, pedindo desculpas e agradecendo. Depositamos nossa bagagem na esteira, tiramos cintos e tudo de metal que tínhamos. Para ajudar ainda mais, quando eu passei na porta o alarme soou e eu tive que ser revistada. Até agora não sei por que o alarme tocou!!! Chegamos na parte de passaportes e fomos para a fila de passaporte europeu, já que o do Tijs é da união europeia e eu sou casada com ele e é claro a fila era bem menor! A mulher que olhava os passaportes começou a falar asperamente comigo dizendo que eu deveria ir para a fila dos brasileiros (que era enorme!). Tijs tentou explicar que eu era esposa dele e que em outros aeroportos já tínhamos feito a mesma coisa, mas ela não queria ouvir. De repente ela mudou de ideia e se compadeceu. Talvez por que ela olhou para nossa cara e viu dois descabelados, suados, cheios de bagagem e meus olhos cheios de lágrimas pelo voo que perderíamos. Então ela disse: Dessa vez passa! E nos deixou ir.
Nós estávamos no portão 10 e teríamos que pegar nosso avião no portão 45!!! Começamos a correr de novo como doidos gritando com licença nas duas línguas. Imagino que nossa figura deveria ser muito engraçada. Tijs correndo na frente batendo o violão em tudo, todo descabelado e vermelho, e eu atrás dele com a mochila caindo das minhas costas, com um cinto pendurado na calça que eu não tive tempo de colocá-lo, toda suada, com uma blusa de lã numa temperatura de 17 graus, toda descabelada e suando. No final eu gritei para o Tijs na frente: "Corre e segura o avião que eu não consigo mais correr!!! "E ele foi. Quando cheguei no portão 45 havia um homem gritando: Belo horizonte, última chamada! E Tijs gritando: Vem amor! Estamos atrasados! E eu gritando: eu não aguento mais correr!!! Sem poder limpar meu nariz escorrendo, minhas lágrimas, meu suor e sem fôlego! Até que depois de tudo isso pegamos o ônibus que nos levaria até nosso avião. Embarcamos apenas 5 minutos atrasados, depois de 22 minutos correndo feitos dois doidos pelo aeroporto.
O voo de volta foi bem tranquilo e chegamos em casa à 1 hora da manhã de quinta-feira.
Já começamos a trabalhar e estamos felizes e empolgados com nossos projetos para ano que vem.
É bom estar em casa!!

Histórias de uma brasileira perdida na Holanda

Visitar um país diferente é sempre uma experiência única! Ouvir uma língua diferente, provar uma comida diferente, observar aspectos de uma cultura diferente. Tudo isso é bem empolgante. Mas nem tudo são flores... Você sente tanta saudade do seu país natal como nunca imaginou! Sua língua, sua comida, sua cultura, enfim, aquele mundo que você conhece. Talvez você não saiba muito bem como é a Holanda, por isso nesse texto quero contar um pouquinho sobre esse país maravilhoso, do meu ponto de vista. Uma brasileira, que não fala holandês, e morrendo de saudade da sua pátria!
Vamos comigo para a Holanda?
Nesse ano visitamos a Holanda no outono. Uma estação linda!!! As folhas das árvores mudam de cor antes de cair, criando uma explosão de amarelo, vermelho, marrom, laranja... Coisa que vi pela primeira vez na minha vida, já que não temos isso aqui no Brasil por ser um país tropical (abençoado por Deus e bonito por natureza, mas que beleza!). Tinha dias tão lindos que eu sentia vontade de cantar. Nessa época não é tão frio. Alguns dias até saí de casa sem jaqueta ou qualquer blusa de frio, apenas usando uma blusa sem mangas.
Na holanda é comum o uso de bicicletas para o transporte pessoal. Em qualquer lugar que você vá tem milhares de bicicletas. O que facilita muito é que a Holanda é totalmente plana!! Eu não conseguia acreditar nos meus olhos na primeira vez que eu vi isso. Parece que Deus quando criou a Holanda passou uma régua deixando o chão tão retinho quanto fosse possível. Na verdade eu tive a oportunidade de ver as "montanhas da Holanda"que você brasileiro, especialmente morador de Belo Horizonte, riria das "grandes montanhas da Holanda", que não passam de uns morrinhos tímidos. Mas o fato de todo o país ser plano tem sua beleza. Bem, voltando às bicicletas, tudo é tão planejado que existe ciclovia em todo o país, tendo até semáforos para os bicicleteiros de plantão. No domingo muitas pessoas não andam de bicicleta, pois as igrejas mais tradicionais pregam que não se pode fazer isso no dia do senhor. Então as pessoas vão à igreja a pé. Para mim andar de bicicleta foi muito bom... quando tinha sol! Teve um dia que eu comecei a chorar na rua, pois tínhamos que ir até a outra cidade de bicicleta (cerca de uns 13 km) e a tempereatura era de 4 graus, tínhamos um vento cotrária que quase derrubava a gente da bicicleta e uma chuva que penetrou até no âmago do meu ser! Teve um momento que eu não conseguia mais sentir minhas pernas, nem pedalar. Então desci da bicicleta e tentei andar. Tijs não sentia mais as mãos. Foi uma experiência, digamos, marcante, que me trouxe um novo respeito pelas pessoas que precisam ir para o trabalho ou escola todos os dias de bicicleta. Chova ou faça sol.
Outra coisa bem diferente é o almoço. Aqui no Brasil nós temos 2 refeições quentes, almoço e jantar. Mas na Holanda o almoço é pão. Isso mesmo, pão! Todos os dias. Eu tentava enganar a mim mesma tomando uma sopa, fritando um ovo, cozinhando uma salsicha, mas no final eu não aguentava mais. Ironicamente nosso primeiro jantar no Brasil foi pão! Dá para acreditar nisso??? Eu fiquei imaginado os holandeses que vêm para o Brasil e tem que passar pela mesma penúria comendo arroz e feijão todos os dias...
Agora, a língua. Essa é uma das partes mais difíceis. Tenta ir numa igreja onde você não sabe o que está acontecendo. Posso dizer que é uma experiência que você nunca vai esquecer. Nunca mesmo! Ainda bem que eu me viro com o inglês e posso conversar com a maioria das pessoas. Mas mesmo assim tive meus momentos que querer chorar e arrancar meus cabelos... O difícil é quando você tenta cozinhar e todas as instruções estão escritas em holandês. Você olha e olha, tenta entender alguma palavra, volta a ser uma criança de 4 anos de idade olhando as figuras e tentando entender o processo. Aí eu perguntava para o meu marido como preparava tal alimento. Ele dava uma olhada nas instruções e como um bom entendedor de holandês (já que é sua primeira língua) e não entendedor de cozinhar, ele simplesmente dizia: "Ah, é só jogar na panela!" Até agora não tenho certeza se cozinhei tudo certo. Fiz tudo por "intuição de cozinheira". O fato é que emagreci na Holanda. Aguém quer adivinhar porque???
O fato é que com tudo você aprende. Eu aprendi a admirar o estilo de vida holandês que não é mole, não. E aprendi acima de tudo a amar mais ainda meu próprio país e suas cores, seus pássaros, seu sol lindo, sua comida maravilhosa, seu povo alegre e tudo que há de maravilhoso aqui. É claro que ue não fecho os olhos para os problemas que temos aqui, mas apesar de tudo:
NÃO EXISTE LUGAR COMO O BRASIL!!!!!!!!

                                   Fazendo compras de bicicleta. Um desafio.

                              Esperando a chuva passar debaixo do viaduto.


Chegada do Siterklaas. Uma espécie de papai noel, mas que vem antes do natal. Não tem relação nenhuma com o papai noel do Brasil e não tem nada a ver com o natal. É uma tradição muito importante na Holanda.

A região onde ficamos tem muitas plantações de milho, fazendas, animais e muitas vacas holandesas que lá eles chamam apenas de vaca (como muita gente me fez essa piadinha nos últimos 4 anos!)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Corrie Ten Boom, Uma Relexão

                                                   "Deus não tem problemas, apenas planos."
Essa frase é de Corrie ten Bom, do livro "In my father's house". Corrie, para mim, é uma ds mulheres mais corajosas da história. Mas o mais admirável nela é que sua coragem sempre veio do seu Senhor e movida pelo seu amor por Ele. Para quem nunca ouviu falar de Corrie ten Boom, vou contar um pouquinho da sua história.
Corrie era filha de Casper, um relojoeiro da cidade de Haarlem, próxima a Amsterdam. Era uma família piedosa que fazia de tudo para obedecer a Deus. Como Corrie cita em seus livros, eles eram muito pobres, mas sempre encontravam alguém mais pobre ainda com quem eles poderiam compartilhar o pouco que tinham. Seu pai entendia que os judeus eram o povo escolhido por Deus, e naquela casa houve oração pelos judeus por 100 anos! Eles eram fiéis aos versos da bíblia onde diz que devemos orar por Israel.
O ano era de 1942 e a Holanda estava ocupada pela Alemanha, durante a segunda guerra mundial. Milhares de judeus desapareciam diariamente. Eles eram levados para os campos de trabalho forçado ou extermínio, pois os nazistas acreditava que eles eram uma raça inferior e deveriam ser exterminados (para saber mais, leia os posts sobre Auschwitz).
A família de Corrie naquela época consistia em seu pai com 80 anos e sua irmão mais velha, Betsy. Os três moravam na mesma casa. Corrie ainda tinha uma irmã que era casada e tinha filhos e um irmão que era pastor.
Então, obedecendo a Deus, Corrie, seu pai e sua irmã decidiram esconder 4 judeus e dois participantes da resistência holandesa, na sua casa. Isso deu certo por algum tempo, mas um dia eles foram traídos e presos. Alguém delatou a pobre família e eles foram arrastados para a delegacia. Corrie, sua irmã Betsy e seu pai com 82 anos. Corrie e Betsy foram levadas para um campo de trabalho forçado e após algum tempo Corrie ficou sabendo que seu pai havia morrido apenas 10 dias após sua prisão. Ele nem chegou a ir ao campo de concentração, morrendo na prisão.
Betsy também morreu no campo de concentração. Corrie ainda perdeu seu irmão e um sobrinho durnate a guerra, por ajudar judeus. Mas todas as 6 pessoas que eles esconderam no refúgio secreto(como é chamado até hoje) sobreviveram!!
Depois que a guerra acabou Corrie viajou pelo mundo todo falando do seu Senhor e dando seu testemunho de amor e fidelidade para Deus. Se você quiser ler a sua história, existe um livro em portugês chamado "Refúgio Secreto"publicado pela editora Betania.
Na terça feira nós fomos com os pais do Tijs visitar o Refúgio Secreto, na cidade de Haarlem, e foi uma das experiências mais marcantes da minha vida!
A casa hoje é um museu, cuja entrada é de graça, e uma senhora conta toda istória da família num tom evangelista.O grupo em que estávamos era bem internacional, tinha americanos, sueco, holandeses, uma brasileira, portugues...
 Nós vimos o esconderijo, que não era nada mais que uma parede falsa no quarto da própria Corrie, a sala de jantar onde todas as noites eles liam a bíblia...
Eu fiquei pensando se hoje, na nossa sociedade individualista, tivéssemos uma oportunidade dessa, o que faríamos?
Se hoje, um menino desesperado batesse na minha porta, fugindo do tráfico, e eu soubesse da possibilidade de perder a vida e prejudicar minha família, será que eu receberia esse menino e o esconderia em minha casa? Será que eu colocaria minha vida em risco por outros? Será que eu colocaria minha vida em risco para obedecer a Deus?
Corrie diz que Deus dá coragem para fazermos o que precisamos fazer naquele tempo determinado e que tudo o que eles fizeram foi Deus quem fez através deles.
Eu concordo com ela. Creio que não podemos fazer nada disso sozinhos e dependemos completamente de Deus e da Sua força. O problema hoje é encontrar um coração obediente e disposto a viver e morrer por Cristo. Nem o evangelho que é pregado hoje fala mais disso. Tudo que é falado é: EU preciso, EU quero, EU sou, EU, EU e mais EU! Tudo gira ao nosso redor. Quero ser rico, quero ter saúde, quero chegar em casa depois do trabalho assistir meu tele jornal, minha novela e pronto acabou. Não quero ouvir mais problemas além  dos que eu já tenho! Mas se olharmos ao nosso redor veremos milhares de pessoas batendo à nossa porta pedindo ajuda. E isso custa muito. Custa todo o estilo de vida que é pregado e defendido hoje. Custa nossa tranquilidade, nossa paz e nossa vidinha de faz de conta.
Nós precisamos de Deus desesperadamente. Precisamos que Ele nos dê força necessária para obedecê-lo. Precisamos que Eles nos tire dessa vidinha miserável que levamos. Precisamos que Ele nos ensine como amar. Só assim, só sendo ajudado por Ele é que poderemos olhar ao nosso redor, arregaçar as mangas e colocar nossas mãos à obra! Só assim poderemos ajudar o nosso próximo. Pois tudo é Dele, vem Dele e é para Ele.

Tijs saindo do refúgio secreto

Esse sinal ficava na janela dizendo que os membros da resistência podiam entrar pois não havia perigo. A palavra Alpina significa liberdade.

Detalhes. Artesanato feito pela própria Corrie.

Refugio secreto

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Como tudo começou

Hoje é um dia especial para nós. Há 3 anos atrás, num sábado cheio de sol e um lindo céu azul, nos casávamos em uma pequena igreja no sul do Brasil. Desde então temos vivido muitas aventuras juntos. Sempre nos conhecendo melhor, rindo juntos, passando por dificuldades juntos e crescendo nessa união que desde o começo foi preparada por Deus, nosso grande "cupido"!
Para comemorar essa data tão especial para nós, decidi fazer um post contando nossa história. Espero que você goste de nos conhecer um pouquinho melhor.
O ano era de 2005 e eu estava morando na cidade de Imbituva, no interior do Paraná. Eu trabalhava numa papelaria e e fazia parte de um igreja quadrangular, um dos meus lugares favoritos e onde eu passava a maior parte das noites. Basicamente era essa minha vida: casa - trabalho- trabalho-casa- igreja- casa...
Até que um dia após chegar de trabalho, me senti tão frustrada com a vida que eu levava que em meio a lágrimas orei para Deus mudar a minha vida, pois eu queria viver aventuras e estava cansada da vida sem graça que eu levava. Na mesma semana decidi que faria um treinamento em missões, mas não sabia onde e como. Então orei mais uma vez e ouvi uma voz, uma voz de verdade, dizendo para ir para Belo Horizonte fazer ETED (escola de treinamento e discipulado). Ok, disse eu. Eu vou!
Fiz minha inscrição e logo fui aceita. Não fazia a mínima idéia de como tudo seria a partir daí, mas estava feliz por começar a vida de aventuras que tinha pedido para Deus.
E assim no dia 30 de junho de 2006 pegava um ônibus em Curitiba, rumo a Belo Horizonte. Um salto no escuro. Apartir daí tudo era desconhecido. Me despedi das minhas irmãs na rodoviária em meio a muitas lágrimas, pois era a primeira vez que nos separávamos. Passamos por muita coisa juntas desde que nossa mãe havia morrido e fomos obrigada a morar sozinhas e isso nos fez ter um relacionamento mais especial do que apenas irmãs. Ficamos unidas pelo resta da vida pelo que passamos juntas. Mas era hora de dizer adeus.
Quando entrei no ônibus encontrei um simpático rapaz, vindo de Santa Catarina, que por coincidência iria para o mesmo lugar que eu, para fazer o mesmo treinamento!! Seu nome é Fabiano. Hoje não temos mais muito contato, mas mesmo assim, temos muito carinho pro ele.
Saindo de uma temperatura de 5 graus em Curitiba e chegando numa BH de 30, esse não foi meu único choque! Uma nova vida pela frente. Tudo iria mudar em pouco tempo.
No primeiro dia de ETED, tem-se o costume de fazer um café da manhã especial para apresentar os novos alunos e para os alunos conhecerem melhor as pessoas da casa Luzeiro, com quem vão morar nos próximos 5 meses. Todos se reunem e dizem seus nomes, o que fazem, de onde vem e etc.
As apresentações estavam aocntecendo quando de repente um jovem de olhos azuis e cabelos loiros compridos se apresentou como voluntário da casa Luzeiro. Seu nome era Tijs. Nessa hora eu ouvi uma voz, de novo uma voz de verdade, dizendo:" Esse é o presente que eu vou te dar!"
Eu pensei: "o que??!!" Acho que estou cansada demais da viagem!
Os dias se passaram e cada vez que eu o encontrava pela casa aquela mesma voz falava a mesma coisa e eu quase que saía correndo assustada, pois não queria relacionamento nenhum naquela época. Ainda mais alguém de tão longe da minha cidade, pois meu plano era voltar para casa ao final dos 5 meses.
Com o passar dos dias eu fazia joguinhos com Deus (o que não aconselho fazer, pois é muito estúpido fazer isso com Deus) como por exemplo, se o Tijs fizer tal coisa, eu vou entender que a voz que eu ouço é verdadeira. E não é que tudo que eu fazia só servia para confirmar que a voz que eu ouvira desde o primeiro dia era mesmo a voz de Deus.
No começo do treinamento, Tijs estava apenas traduzindo, pois a base da JOCUM em BH é bilingue, por que tem muitos estrangeiros lá e tudo é feito em inglês e português. Mas após uns 20 dias traduzindo, ele foi convidado para fazer o treinamento. Ele também estava em uma fase decisiva da sua vida. Não sabia se começava faculdade, voltava para a Holanda... e então ele orou e disse para Deus fazer a vontade Dele, pois Tijs já estava cansado de tentar fazer as coisas acontecerem por ele mesmo. Então Deus falou para ele fazer a ETED, e ele começou. Apartir daí começamos a nos conhecer e em pouco tempo já estávamos apaixonados. O problema é que nós gostaríamos de passar o tempo todo conversando e se conhecendo, o que NÃO é o propósito da ETED. Passamos esses 5 meses de ETED nos conhecendo melhor e a cada dia Deus confirmava para nós que deveríamos ficar juntos. E é claro, ficávamos cada dia mais apaixonados.
No dia da formatura da ETED, dia 18 de novembro de 2006, eu comecei o dia ganhando presentes. Logo de manhã, eu fui ao banheiro e quando voltei havia uma linda rosa na minha cama. Na hora do almoço, tinha uma caixa de bombom. No meio da tarde, mais uma flor. No final da tarde, havia em cima da minha cama uma bolsa linda que eu tinha visto quando estávamos em Lima no Peru, onde fizemos parte do nosso tempo prático, e eu não pude comprar pois não tinha dinheiro.
Fomos para o culto de formatura e eu só pensava em como seria minha nova vida depois disso. Durante o tempo prático no Peru, Deus hava confirmado meu chamado para missões e eu tinha decidido ficar em BH, na casa Luzeiro e trabalhar com crianças. E é claro que também não parava de pensar como seria a nova vida: Kelly e Tijs.
O culto acabou, mais uma vez despedidas com lágrimas para a Kelly. Naquele dia me despedia da Flávia, Fabiano, Radjalma, Jenny, Johanna, Cristiane, Pauline.
Ao final, quando quase todo mundo havia saído, Tijs se aproximou de mim, se ajoelhou, e me fez a pergunta: quer namorar comigo? É claro que eu disse SIM!!! Então começamos a namorar.
Nossa primeira saída juntos foi ao hospital, onde eu tive que passar uma tarde tomando soro, pois voltei muito doente do Peru e desidratada. Digamos que não foi nada romântico...
Durante esse tempo pude conhecer melhor a família do Tijs, que moravam a Luzeiro. Seus pais lideraram o ministério por 8 anos. Todas as noites eu jantava na casa deles.
No mês de maio, decidimos casar. E foi engraçado que na mesma noite que contamos para os pais do Tijs que iríamos ficar noivos, eles deram a notícia que estavam voltando para a Holanda. Junto com a  notícia teria que vir a decisão. Ficaríamos no Brasil  e decidiríamos ser missionários de carreira, ou iríamos embora para a Holanda junto com toda a família?
Naquela mesma noite decidimos ficar e entendemos que tínhamos um chamado missionário para o Brasil.
Então no dia 10 de novembro de 2007 nos casamos na cidade de Imbituva, na igreja quadrangular.
O que foi muito engraçado é que o nome Tijs não é brasileiro e é difícil para algumas pessoas pronunciarem. Então de manhã no casamento civil eu casei com o Tijos, a tarde na igreja com o Tison e acabei levando o Tijs para casa!!
Em menos de 1 mês toda a família do Tijs se mudou para a Holanda deposi de 10 anos no Brasil. Nós fomos junto com eles e eu pude conhecer a Holanda e toda a família do Tijs. Uma experiência bem emocionante.
Voltamos para o Brasil no dia 9 de fevereiro de 2008 e começamos nossa vida numa pequea casinha que quando chovia entrava água por todos os lados.
Desde então temos crescido como esposo e esposa, como missionários e como filhos de Deus.
E a vida cheia de aventuras que eu pedi a Deus, com toda a certeza Ele me deu. Mas melhor do que eu imaginava, pois quando eu pedi isso a Deus, sempre me imaginei sozinha, mas Deus me deu o melhor dos presentes: o meu marido, meu amor, meu amigo, meu companheiro, o meu Tijs. E hoje após 3 anos juntos só tenho a agradecer por tudo que temos e somos um para o outro.
Obrigada Deus por esses 3 anos de casamento!



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Brasil para crianças e velhinhos

Quem não se sente feliz em ter um público só para ouvir sobre seu trabalho, sua grande paixão?
Pois aqui na Holanda, durante nossas férias pudemos falar para muitas pessoas sobre nosso trabalho no Brasil e isso nos fez sentir MUITO realizados!
Aqui na Holanda não apenas as igrejas têm interesse em ouvir sobre trabalho missionário, mas escolas, asilos, grupos de jovens, enfim, diferentes tipos de pessoas também querem ouvir sobre o que acontece do outro lado do oceano.
Durate esses dois meses aqui andamos de um lado para o outro visitando igrejas e diferentes grupos para falar sobre nosso trabalho. Foram várias as aventuras e grandes as descobertas!
As vezes o dia ainda estava nascendo e nós já estávamos na estrada. Nós não temos carro, então são quilômetros e mais quilômetros de bicicleta. Certa vez, para voltarmos de uma igreja pegamos um ônibus, três trens e meia hora de bicicleta até chegar em casa 1 hora da manhã!! Pegamos chuva, vento, geada, muito frio, mas sempre vale a pena!!
Em uma das igrejas que visitamos, conheci várias pessoas que já haviam visitado o Brasil e inclusive trabalhado no meu prórpio estado, o Paraná, numa cidade pertinho da minha cidade natal. Almoçamos na casa de uma senhora que deu aulas de holandês por dois anos numa escola em Carambeí, próximo à Curitiba. Também conversamos com um homem que viveu sua infância na mesma cidade, pois seu pai era pastor lá. E o que é melhor ainda é eles falavam português!!!
Fomos também em uma noite para jovens em uma igreja no norte do país, onde iria acontecer um show gospel, "a la Hillsong". O que nos surpreendeu é que eram jovens mesmo! Tijs teve que adaptar a sua pregação, pois tinha preparado algo para jovens mais da mesma idade que ele e quando chegamos lá vimos que a maioria era adolescente! Mas foi muito bom!
Uma das coisas que eu mais gostei de fazer aqui foi falar do nosso trabalho para um grupo de velhinhos num asilo. Quanto carinho recebemos naquele dia!!!!! Eles foram muito amáveis conosco e nos fizeram MUITAS perguntas. Umas muito sérias, outras muito engraçadas. No final uma das velinhas falou: Ah,nós perguntamos tanto sobre o Brasil, por que nunca fomos lá!
A mulher responsável pela instituição nos disse mais tarde que nunca viu eles tão concentrados em algo, e que foi muito interessante para eles. Duas semanas depois da nossa visita eles ainda estavam falando sobre nós.
Outra visita ótima que fizemos foi numa escola primaria. Falamos do nosso trabalho para oito grupos diferentes, oito idades diferentes(4-12), uma seguida da outra. Ufa! Foi  muito trabalho, mas valeu a pena. As crianças nos echeram de perguntas! Todos os tipos de perguntas! Desde o que comemos no Brasil até se tem crocodilo no Brasil. Pediram também para nós ensinarmos a eles algmas palavras em português, o que foi muito bonitinho. No Brasil nós ensinamos as crianças a cantarem a música "leia a bíblia e faça oração"que também existe uma versão holandesa dessa música, então eu levei meu violão para a escola e cantamos essa música com as crianças, primeiro em holandês e depois em português. E até que elas se saíram muito bem! Essa visita na escola foi bem significativa para o Tijs, pois ele estudou nessa escola quando era criança e muitos professores ainda lembram dele. Inclusive o diretor é o mesmo daquela época!! E também os irmãozinhos do Tijs, Lucas e Felipe, estudam nessa escola, o que foi bem emocionante para eles verem o irmão mais velho falando sobre o Brasil. Quando saímos de lá ficou aquela sensação gostosa dentro do peito de: plantamos uma semente! Quem sabe daqui alguns anos algumas dessa crianças serão missionários no Brasil? Quem sabe se hoje Deus chamou alguns? Há 14 ou 15 anos atrás Tijs estava lá, sentado em uma cadeira sendo alfabetizado em holandês e hoje é um missionário no Brasil! Nosso trabalho é semear, depois, a convicção quem traz é Deus.
É claro que além disso ainda falamos na nossa igreja aqui e em mais algumas outras. No domingo haverá na nossa igreja uma "feira missionária"e eu vou tentar fazer pão de queijo para as pessoas aqui. E vamos servir juntamente com guaraná (felizmente conseguimos achar uma loja que vende artigos brasileiros aqui)!
A realidade aqui na Holanda é bem diferente. As pessoas realmente se sentem interessadas no tabalho missionário. Elas nos convidam para ir nas suas casas, igrejas e estão sempre abertas para ouvir. Eu sinto como se estivéssemos semeando, em cada lugar que vamos. Pois nossa missão não é apenas quando estamos no nosso dia a dia na comunidade. Nossa missão também é despertar as pessoas e a igreja para o trabalho de Cristo. Como já dizia Jesus:" a seara é grande e poucos os ceifeiros".
Espero que daqui alguns anos possamos ter muitos missionários holandeses no Brasil, respondendo ao chamado de Deus!

Tijs falando para os menores da escola - 4 anos


Todos ficaram impressionados aos saber que o Brasil é 208 vezes maior que a Holanda!

Cantando: "leia a bíblia e faça oração..."

Muitas perguntas!

Culto Jovem

Estação central em Amsterdam. O sol ainda estava nascendo e nós já estávamos na estrada!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Fim de semana com a família e meu aniversário

 Reunir a família parace normal para alguns, mas para a famíla do Tijs é algo bem especial que só é possível acontecer a cada 2 anos.
Por isso nesse fim de semana fomos para  a Bélgica, numa cidade chamada Durbuy, na parte francesa do país passar um fim de semana com toda a família reunida. A última vez em que etsávamos todos juntos aconteceu em fevereiro de 2008.
A família é bem numerosa (estávamos em 11 pessoas lá) e bem internacional (já que eu não falo holandês e uma das filhas não fala português). Um desafio!
Mas no final o que importa é todos estarem juntos e guardarem na memória os bons momentos vividos juntos.
Também nesse final de semana foi o meu aniversário (28 anos!!!!!) e foi muito legal poder celebrá-lo pela primeira vez com a parte holandesa da minha família. O interessante é que esse foi o meu primeiro aniversário no outono!! (pois aqui a estação agora é outono e no Brasil primavera!)
É claro que nunca está completo, senti muita falta das minhas irmãs. Mas a vida de missionária com um casamento transcultural é assim mesmo, o coração é dividido em pedacinhos. Um pedacinho em cada lugar.Daqui duas semanas voltaremos para o Brasil e será possível reunir a família toda de novo daqui dois anos. Se Deus permitir!



                     Essa foi a casa onde passamos o fim de semana. Linda!


                                    Brunch sábado de manhã. Meu aniversário!!!


                                                   Passeando pela cidade.


                                                    Experimentando chapéus


                                    OS três irmãos reunidos num joguinho de nintendo.


                                    Imagem e ação! Um desafio em duas línguas!


                                  No sábado visitamos as grutas de uma cidade próxima.



Pai mãe e filhos!



                                                Vista da cidade


Para ver mais fotos, veja o slide show ao lado direito da tela.