Ontem foi meu último dia com o grupo de mulheres. Por cinco terças feiras estive com esse grupo, dando palestras, desafiando-as e encorajando-as a colocarem as mãos à obra. Foi uma experiência bem legal e diferente. Nunca havia trabalhado com um grupo de mulheres antes. Confesso que gostei muito. É uma pena que não posso estar em cinco lugares ao mesmo tempo, pois tem tantas coisas que gostaria de fazer! Mas o importante é sempre estar dentro da vontade de Deus e fazendo aquilo que Ele nos direciona a fazer. Por enquanto essa tarefa com esse grupo, acabou.
Posso lembrar-me de vários momentos que foram marcantes, como o dia em que levei uma caixa de bombom e elas precisavam escolher seu chocolate favorito. Nesse dia falei sobre liderança serva e que antes de pensarmos em liderar um grupo, precisamos aprender a servir nosso próximo. No final, quando elas pensavam que iriam comer o chocolate, pedi que elas dessem seu chocolate favorito para alguém. Foi muito engraçado perceber as expressões no rosto delas. Algumas realmente mostraram que não queriam dar seu chocolate, mas no final todas fizeram.
Ainda outra ocasião uma das mulheres me procurou e disse que eu falava de Jesus de uma maneira diferente. Ela me contou que a sogra dela por muitos anos vinha tentando evangelizá-la, mas só falava de condenação e que esse Jesus ela não queria, mas quando eu falava, ela via um Jesus diferente, um Jesus de paz. Na hora eu pensei: “Uau, eu estou falando do amor de Jesus para alguém que ainda não O conhece!” É algo que faz você se sentir realizada com sua escolha de “carreira”.
Outro dia que foi bem marcante, foi o dia que falei que não precisávamos andar sozinhas, mas poderíamos contar com nosso próximo. No final, foi impressionante a forma como elas compartilharam seus motivos de oração e oraram umas pelas outras. Espontaneamente colocaram em prática o que eu tinha acabado de falar.
“Você tem valor” foi o penúltimo tema das palestras. Foi um dia bem emotivo e profundo. Tantas circunstâncias dizem para essas mulheres que elas não podem fazer nada de importante e não tem valor. É poderoso quando levamos a verdade de Deus para elas e dizemos que Deus as criou e as ama e que sim, elas têm valor. Eu levei uma caixinha de presente e disse que dentro dessa caixinha havia algo tão preciso que dinheiro nenhum no mundo poderia comprar. Quando elas abriam a caixinha davam com sua imagem refletida em um espelho. No final quando cantamos “quero que valorize o que você tem” foram lágrimas para todos os lados.
E por último falei sobre a responsabilidade que elas têm de transformar essa comunidade. Disse que poderia continuar vindo pessoas de outros lugares do Brasil e do mundo com muitas boas idéias, mas que a verdadeira transformação da comunidade partiria delas. Levei um galho seco simbolizando a “árvore da morte” e colocamos pendurados nessa árvore pedaços de papéis onde escrevemos tudo o que causa morte na comunidade. Também levei um galho verde cheio de folhas e também penduramos papéis nessa “árvore da vida” onde escrevemos o que traz vida para a comunidade. Através disso mostrei como elas poderiam atuar na transformação da comunidade.
Veja algumas fotos de ontem:
Veja algumas fotos de ontem:
Árvore da morte
Árvore da vida
E assim encerrei minha participação.
Recebi muitos abraços e agradecimentos e votos de saudade. Elas saíram silenciosas da sala. Talvez pensando em tudo o que foi falado e como isso se aplica a elas. Como essas mulheres, muitas com problemas de saúde e várias limitações, podem transformar essa comunidade? A resposta está no versículo que dei a elas há apenas uma semana antes:
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