Estou tendo que usar nosso blog velho por que o novo deu pau...
Até bem pouco tempo atrás não imaginava que um dia escreveria esse texto para dar essa notícia. Sempre pareceu algo tão distante ou até mesmo impossível de acontecer. Mas enfim, a vida é assim, cheia de surpresas e desafios.
Até bem pouco tempo atrás não imaginava que um dia escreveria esse texto para dar essa notícia. Sempre pareceu algo tão distante ou até mesmo impossível de acontecer. Mas enfim, a vida é assim, cheia de surpresas e desafios.
Tijs e eu decidimos deixar a vida missionária e ir embora
para a Holanda.
Não foi uma decisão feita num impulso, muito menos uma fácil
de tomar. A estrada que nos guiou até aqui, até essa decisão, foi longa e
difícil.
Tudo começou numa tarde gelada do inverno holandês, em
janeiro desse ano, enquanto passeávamos num bosque. Começamos a pensar na nossa
vida e no nosso futuro e decidimos que era hora de verbalizar aquilo que
estávamos temendo e evitando. Sentados num banquinho, sentindo o vento gelado
no rosto, conversamos como os últimos meses tinham sido difíceis e que talvez
Deus estivesse nos mostrando outro caminho. Avaliamos as opções que tínhamos e
chegamos à conclusão que a menos difícil seria mudar para a Holanda. Chorei
muito pensando em tudo que eu iria deixar para trás, na saudade que iria sentir
das minhas irmãs e o medo de começar a vida do zero de novo em um lugar
estranho.
Naquela noite conversamos com os pais do Tijs sobre isso, já
que eles haviam sido missionários por 10 anos e poderiam entender perfeitamente
pelo que estávamos passando. E, como já imaginávamos, eles sabiam exatamente
como estávamos sentindo.
Todos os dias eu acordava e pensava “Eu não quero morar aqui. Deus, por favor, eu não quero morar aqui. Eu não vou aguentar”. Foram semanas muito difíceis.
Tivemos uma reunião com o nosso grupo de apoio na Holanda (esse grupo é formado por algumas pessoas da família e amigos mais próximos, apenas 5 pessoas que nos ajudam com conselhos, ideias, oração e com a logística quando vamos para a Holanda), explicamos toda a situação e o que nos levou a pensar na opção de mudar para a Holanda. Eles nos aconselharam a voltar para o Brasil e tentar até a metade do ano, quando avaliaríamos as nossas finanças, acabaria nosso tempo como helpers no L’Abri e teríamos tempo para pensar melhor no nosso futuro.
Então respiramos fundo, tomamos coragem e voltamos para o Brasil para fazer mais uma tentativa e esperar Deus nos mostrar... Algo.
Todos os dias eu acordava e pensava “Eu não quero morar aqui. Deus, por favor, eu não quero morar aqui. Eu não vou aguentar”. Foram semanas muito difíceis.
Tivemos uma reunião com o nosso grupo de apoio na Holanda (esse grupo é formado por algumas pessoas da família e amigos mais próximos, apenas 5 pessoas que nos ajudam com conselhos, ideias, oração e com a logística quando vamos para a Holanda), explicamos toda a situação e o que nos levou a pensar na opção de mudar para a Holanda. Eles nos aconselharam a voltar para o Brasil e tentar até a metade do ano, quando avaliaríamos as nossas finanças, acabaria nosso tempo como helpers no L’Abri e teríamos tempo para pensar melhor no nosso futuro.
Então respiramos fundo, tomamos coragem e voltamos para o Brasil para fazer mais uma tentativa e esperar Deus nos mostrar... Algo.
Mas, os últimos meses foram, talvez, os mais difíceis de todos
os nossos anos como missionários. Um problema atrás do outro, portas se fechando,
até que acabamos entendendo que nosso tempo aqui tinha acabado. Deus também
fala através de portas fechadas. Financeiramente as coisas ficaram MUITO
complicadas. Graças a Deus nunca nos faltou nada, mas nunca poderíamos querer
nada mais da vida, além do básico do básico, sem contar que jamais poderíamos
ficar doente, precisar de uma cirurgia ou algo assim. Por quanto tempo você
acha que é possível viver assim? Agora que posso falar abertamente, nós temos
vivido assim por muito tempo. Tempo demais.
Quando chegou a hora de conversarmos de novo sobre nosso
futuro e nossa vida, dessa vez no calor do inverno mineiro, a conclusão era a
mesma: ir embora para a Holanda.
Avaliamos e pesquisamos quais seriam as nossas possibilidades de vida aqui no Brasil e elas não eram nada boas. Fizemos a boa e velha lista de prós e contras e não dá nem para comparar a vida aqui no Brasil com a vida na Holanda. É óbvio que sabemos que tudo será bem difícil. Não temos a ilusão de que estamos com a vida ganha indo embora para a Holanda. Precisaremos trabalhar duro, lutar pela nossa vida, fazer sacrifícios e passar por bons apertos, mas temos a certeza que aqui no Brasil seria muito mais difícil.
Avaliamos e pesquisamos quais seriam as nossas possibilidades de vida aqui no Brasil e elas não eram nada boas. Fizemos a boa e velha lista de prós e contras e não dá nem para comparar a vida aqui no Brasil com a vida na Holanda. É óbvio que sabemos que tudo será bem difícil. Não temos a ilusão de que estamos com a vida ganha indo embora para a Holanda. Precisaremos trabalhar duro, lutar pela nossa vida, fazer sacrifícios e passar por bons apertos, mas temos a certeza que aqui no Brasil seria muito mais difícil.
Eu não vou entrar aqui nos mínimos detalhes que nos levaram
a tomar essa decisão. Se você quiser saber da história toda, por favor, nos
procure. Ficaremos felizes em explicar tudo para você.
E agora?
Agora nós precisamos tomar alguns passos para tornar essa
mudança em realidade.
Ainda não temos data para a nossa partida, tudo depende de encontrar um emprego para o Tijs. Estamos em fase de comunicação com todos os nossos contatos na Holanda para ver se alguém nos ajuda a encontrar esse trabalho. O grande desafio do momento é que Tijs e eu precisaremos ficar separados por alguns meses. Imaginamos que por volta de 3 a 4 meses, mas nunca se sabe. Na verdade um visto para a Holanda não é coisa fácil de se conseguir, mesmo eu sendo casada com um holandês. O Tijs precisa encontrar um trabalho em um lugar onde seja dado um contrato de 1 ano e um salário no valor de 120% do salário mínimo holandês para poder dar início ao processo do meu visto. Por isso ele precisa sair daqui do Brasil com pelo menos uma proposta de emprego. Depois de ter isso em mãos, ele pode dar a entrada no pedido de reunião familiar. Com esse pedido em mãos, eu tenho que fazer uma prova que testa meus conhecimentos em língua holandesa, cultura, história, política e geografia da Holanda. Se eu passar no teste, o governo me dará um visto de 5 anos e eu finalmente poderei ir morar com o Tijs. Para tudo isso acontecer eu tenho que estar aqui no Brasil e o Tijs na Holanda. Meu peito aperta cada vez que penso nisso. Desde que nos conhecemos, o máximo de tempo que ficamos separados foi 2 semanas. Nem imagino como será ficarmos longe por tantos meses.
Mas enfim, agora estou estudando holandês por conta própria por que não podemos nos dar ao luxo de pagar um professor. Preciso ter um conhecimento pelo menos básico, pois o teste que preciso fazer é todo em holandês.
Ainda não temos data para a nossa partida, tudo depende de encontrar um emprego para o Tijs. Estamos em fase de comunicação com todos os nossos contatos na Holanda para ver se alguém nos ajuda a encontrar esse trabalho. O grande desafio do momento é que Tijs e eu precisaremos ficar separados por alguns meses. Imaginamos que por volta de 3 a 4 meses, mas nunca se sabe. Na verdade um visto para a Holanda não é coisa fácil de se conseguir, mesmo eu sendo casada com um holandês. O Tijs precisa encontrar um trabalho em um lugar onde seja dado um contrato de 1 ano e um salário no valor de 120% do salário mínimo holandês para poder dar início ao processo do meu visto. Por isso ele precisa sair daqui do Brasil com pelo menos uma proposta de emprego. Depois de ter isso em mãos, ele pode dar a entrada no pedido de reunião familiar. Com esse pedido em mãos, eu tenho que fazer uma prova que testa meus conhecimentos em língua holandesa, cultura, história, política e geografia da Holanda. Se eu passar no teste, o governo me dará um visto de 5 anos e eu finalmente poderei ir morar com o Tijs. Para tudo isso acontecer eu tenho que estar aqui no Brasil e o Tijs na Holanda. Meu peito aperta cada vez que penso nisso. Desde que nos conhecemos, o máximo de tempo que ficamos separados foi 2 semanas. Nem imagino como será ficarmos longe por tantos meses.
Mas enfim, agora estou estudando holandês por conta própria por que não podemos nos dar ao luxo de pagar um professor. Preciso ter um conhecimento pelo menos básico, pois o teste que preciso fazer é todo em holandês.
No momento que o Tijs arrumar um emprego ele vai embora para
a Holanda e eu vou embora para o Paraná, para ficar com a minha família, até
chegar o momento de eu ir embora para a Holanda também.
Como vocês podem ver, o que temos à nossa frente é um
caminho espinhoso e muito difícil. Por favor, nos ajudem em oração. Estamos
ansiosos, fragilizados, tristes. Mas entendemos que tudo isso faz parte do
plano de Deus e que isso não se compara à glória futura.
Peço mais uma vez, nos ajudem em oração.
Gostaria de lembrar que ainda precisamos de suporte financeiro. Até o Tijs conseguir um emprego, ainda “viveremos pela fé”, já que não temos um seguro desemprego nessa vida missionária.
Peço mais uma vez, nos ajudem em oração.
Gostaria de lembrar que ainda precisamos de suporte financeiro. Até o Tijs conseguir um emprego, ainda “viveremos pela fé”, já que não temos um seguro desemprego nessa vida missionária.
Obrigada a todos vocês que têm caminhado conosco durante
esses 7 anos. Vocês fazem parte de tudo o que aconteceu e nós jamais esqueceremos
a sua generosidade. Alguns nomes estão gravados no nosso coração. Pessoas que
tocaram o nosso coração e a nossa vida com sua generosidade, amor e cuidado. No
momento não consigo encontrar palavras para agradecer, talvez jamais consiga.
Parece que obrigada jamais será suficiente.
Que Deus os abençoe grandemente.
Que Deus os abençoe grandemente.
Um grande abraço
Kelly e Tijs